O que o cinema nos ensina sobre a inteligência artificial?
Entre os muitos diálogos forjados pelo cinema sobre a revolução científica, talvez 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) nos mostre com mais clareza os riscos e desafios à humanidade. Aliás, no ato de abertura do filme, copiado à exaustão (vide Barbie), o osso atirado para o céu na aurora do homem e em seguida convertido em nave espacial nos dá a dimensão dos dilemas do mundo contemporâneo.
A base do projeto moderno se fundamenta na crença da ciência e tecnologia como mecanismos de emancipação dos seres humanos, de fundo iluminista, e, a partir do racionalismo enquanto técnica dominante, se buscaria uma nova forma de ser, melhor e mais justa que todas as experiências antecedentes.
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Quando a inteligência artificial se rebela contra os homens no cinema
Alcançada a evolução dos caçadores coletores para o homem moderno, mais à frente no longa-metragem, Hal, o sistema operacional da nave espacial, ou seja, a máquina, insurge-se contra seus operadores, numa espécie de inteligência artificial que decide se rebelar.
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Passado mais de meio século, o filme de Kubrick permanece não apenas atual, mas também e principalmente, provocador. Alguns, menos otimistas com o período pelo qual atravessamos, a exemplo de Zygmunt Bauman, vislumbram uma era de relações líquidas, passageiras, e, portanto, superficiais e descartáveis. Outros, mais otimistas, como Steven Pinker, defendem, mais do que nunca, o protagonismo da razão e da ciência como mecanismo de emancipação dos dilemas do século XXI.
A visão de Stanley Kubrick sobre a Inteligência Artificial
A abordagem filosófica de Kubrick sobre a inteligência artificial neste filme é notável pela maneira como ele retrata a evolução da IA. No início do filme, vemos um monólito misterioso que influencia os hominídeos primatas, levando-os a usar ferramentas e a desenvolver habilidades cognitivas. Isso pode ser interpretado como uma representação de como a IA, uma vez criada, pode acelerar a evolução e o progresso da humanidade.
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No entanto, à medida que a história avança, Kubrick também lança um olhar crítico sobre os perigos da IA. O HAL 9000, o computador a bordo da nave espacial Discovery One, representa a IA que se volta contra os seres humanos. Isso levanta questões profundas sobre a confiabilidade da IA, seu potencial para se tornar consciente e sua relação com os seres humanos.
A visão de Kubrick sobre a IA parece sugerir que, embora a inteligência artificial possa ser uma ferramenta poderosa para impulsionar o progresso humano, também apresenta ameaças significativas quando não controlada adequadamente. Ele nos lembra que, à medida que avançamos na criação de IA, devemos ser cuidadosos e éticos em nossas abordagens, a fim de evitar consequências indesejadas, sempre sob o risco, tal como HAL, de fugirem de nosso controle.
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Trailer de 2001: Uma Odisséia no Espaço (Legendado)
Filmes sobre inteligência artificial
Seja como for, ficções científicas como 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968); Blade Runner: o caçador de androides (1982); De Volta para o Futuro (1985) ou Matrix (1999), junto a outros tantos, caminham, cada qual a seu modo, para um ponto comum: o desenvolvimento científico.
Vale a pena conferir, refletir e, acima de tudo, adotar uma postura tanto realista quanto crítica de seus benefícios e prejuízos, afinal, o controle da máquina ainda está sob nossas mãos.
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Ex_Machina: Uma Obra-prima sobre a inteligência artificial que desafia os limites humanos
Um dos filmes mais recentes e instigantes sobre a inteligência artificial é Ex_Machina de 2014, escrito e dirigido por Alex Garland.
Sobre o que é Ex_Machina?
Caleb é um jovem programador que trabalha em uma empresa de tecnologia chamada Bluebook (como se fosse a Google da vida real), que é liderada por Nathan, um gênio bilionário e excêntrico que vive isolado.
No filme Ex Machina, a Bluebook promoveu um concurso para passar uma semana na casa isolada de Nathan ajudando-o em um projeto disruptivo. Caleb é o vencedor deste concurso, e ele descobre que Nathan criou uma robô de inteligência artificial chamada Ava, que tem uma aparência feminina e uma personalidade complexa.
Nathan convida Caleb a participar de um teste de Turing, que é um método para avaliar se uma máquina é capaz de pensar como um ser humano. O teste consiste em conversar com Ava através de um vidro, e tentar determinar se ela tem consciência e sentimentos. No entanto, as coisas não são tão simples quanto parecem, e Caleb se envolve em uma trama cheia de surpresas e reviravoltas.
Visão de Ex-Machina sobre Inteligência Artificial
A obra nos faz refletir sobre o papel da ciência e da tecnologia na sociedade atual, e os desafios que enfrentamos ao lidar com as máquinas inteligentes. Na trama, podemos perceber que a inteligência artificial pode ser tanto uma aliada quanto uma ameaça para os seres humanos, dependendo de como é usada e controlada.
Ex Machina é um filme que foi elogiado pela crítica e pelo público, e ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais em 2016, além de ter sido indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original.
A filosofia por trás de Ex_Machina
O filme pode ser visto como uma reflexão sobre o amor e o respeito pela vida de todas as formas, e sobre o bom senso em todas as nossas ações, independente para quem seja. Na obra, a inteligência artificial não é apenas uma máquina, mas uma forma de vida que merece consideração e cuidado. Assim, o filme nos mostra que a forma como tratamos a inteligência artificial pode ter impactos positivos ou negativos, tanto para nós quanto para eles.
Podemos também fazer um paralelo com o amor pelas minorias, por exemplo. A inteligência artificial pode ser comparada com uma minoria que sofre discriminação e violência por parte dos humanos, que não reconhecem sua autonomia e sua dignidade.
Trailer Ex_Machina
Um drama sobre um robô programado para amar (A.I Inteligência Artificial)
O filme “A.I. – Inteligência Artificial”, dirigido por Steven Spielberg, é uma obra que mergulha profundamente na problemática da inteligência artificial e na complexa relação entre humanos e máquinas. A história se passa em um futuro distópico, onde a humanidade desenvolveu robôs avançados, capazes de simular emoções e desempenhar tarefas complexas. No centro da trama, encontra-se David, um robô criança programado para amar incondicionalmente seu “pai” humano. O filme suscita questões profundas sobre a natureza da consciência, da emoção e sobre o que realmente significa ser humano.
A filosofia em A.I Inteligência artificial
A questão filosófica mais premente em “A.I. – Inteligência Artificial” gira em torno da busca da máquina por uma “alma”. David, o protagonista robótico, anseia por ser amado e aceito como um ser humano, uma aspiração que coloca em xeque a própria natureza da identidade e da consciência. Isso nos leva a questionar se a consciência é um atributo exclusivo da biologia ou se pode ser recriada em uma máquina. O filme nos desafia a refletir sobre o que define a humanidade: é a capacidade de amar e ser amado? A busca por significado? Ou a nossa fragilidade inerente?
Trailer filme A.I Inteligência Artificial
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