Em maio deste ano (2023), a Netflix anunciou o lançamento da sexta temporada de Black Mirror, depois de 4 anos do lançamento da quinta temporada.
Grande parte dos fãs da série dizem que a mesma foi perdendo a qualidade desde que a Netflix comprou os direitos, e eu concordo, com exceção da terceira temporada, quando os direitos já eram da Netflix, mas que conta com episódios excelentes.
E pensando em fazer um esquenta para o lançamento da sexta temporada, marcado para junho, resolvi separar aqui os 5 melhores episódios da série, de acordo com a minha opinião.
Leia agora: Explicação do episódio San Junipero. Análise completa
A série
Black Mirror é uma série britânica que foi lançada em 2011 e se tornou bastante conhecida por causa do seu tom sombrio e distópico. As histórias dos episódios proporcionam reflexões sobre a relação entre a sociedade a tecnologia, além das possíveis consequências que isso pode trazer no futuro.
A série é antológica, ou seja, cada episódio traz uma história única e independente.
Privacidade, redes sociais e inteligência artificial estão entre as temáticas da série, além de outros assuntos relacionados às implicações que a tecnologia pode trazer à vida humana.
Top 5 episódios
Elenco aqui o meu top 5 de melhores episódios de Black Mirror.
5 – Queda Livre
“Queda Livre” (“Nosedive“, no título original em inglês) é o primeiro episódio da terceira temporada de Black Mirror, dirigido por Joe Wright e escrito por Charlie Brooker.
Esse episódio se passa em um mundo onde as pessoas são avaliadas em todas as suas interações sociais por meio de uma pontuação que vai de 1 a 5, e é exibida em um aplicativo de classificação social. Quanto mais alta a pontuação da pessoa, mais acesso à oportunidades como empregos, casas e serviços exclusivos.
A protagonista do episódio é Lacie Pound, interpretada por Bryce Dallas Howard, que está determinada a aumentar sua pontuação social para poder alugar um apartamento em um condomínio exclusivo. Porém, sua busca pela perfeição social a torna cada vez mais depressiva e ansiosa, culminando em um final inesperado da sua trajetória.
“Queda Livre” é um episódio que faz uma crítica à obsessão da sociedade com a imagem pessoal perfeita nas redes sociais e à cultura da aprovação constante, além do endeusamento a figuras públicas e influencers digitais. Existem também muitas questões importantes sobre a natureza das interações sociais e o valor que damos à opinião dos outros no episódio, ao mesmo tempo em que ele nos lembra dos perigos da busca pela perfeição e do impacto negativo que isso pode ter em nossas vidas.
Leia agora: Tudo o que você precisa saber antes de assistir a Sexta temporada de Black Mirror
4 – Manda quem pode
Manda quem pode (“Shut Up and Dance“, no título original em inglês), é o terceiro episódio da terceira temporada de Black Mirror, dirigido por James Watkins e escrito por Charlie Brooker.
Na história, acompanhamos um jovem chamado Kenny, interpretado por Alex Lawther. Kenny é um adolescente tímido que acaba sendo chantageado por hackers anônimos que ameaçam divulgar um vídeo comprometedor do garoto que foi filmado através da webcam. Eles obrigam Kenny a seguir uma série de instruções que o levam a um jogo macabro, onde ele precisa cumprir diversas tarefas nada agradáveis para manter o seu segredo a salvo.
Vale a pena assistir a sexta temporada de Black Mirror? Review completo.
Temas como a privacidade na era digital, a vulnerabilidade das pessoas em relação a ciberataques e a maneira como as nossas vidas privadas podem ser usadas contra nós são explorados neste episódio. Ele questiona a ética da vigilância on-line, bem como o papel dos hackers e o limite entre a justiça e a vingança.
O final é bastante impactante e surpreendente. A primeira vez que eu vi, fiquei boquiaberto por um tempinho mesmo depois que o episódio acabou.
3 – Quinze milhões de méritos
“Quinze Milhões de Méritos” (“Fifteen Million Merits“, no título original em inglês) é o segundo episódio da primeira temporada de Black Mirror, dirigido por Euros Lyn e escrito por Charlie Brooker e Kanak Huq.
A história se passa em uma sociedade distópica onde as pessoas passam a maior parte de suas vidas pedalando bicicletas estacionárias para gerar energia elétrica e ganhar “méritos”, a moeda oficial da sociedade. O personagem principal, Bing, interpretado por Daniel Kaluuya, usa seus méritos para pagar por uma audição em um programa de talentos televisivo chamado “Hot Shot”. Ele encontra uma aliada em uma mulher chamada Abi, interpretada por Jessica Brown Findlay, que também deseja escapar da monotonia da vida na bicicleta.
Leia também: Final de Joan é Péssima explicado!
O episódio aborda temas como a alienação da sociedade moderna, a exploração do trabalho e a busca pela fama e pelo sucesso. Ele questiona a nossa disposição em sacrificar nossa liberdade e dignidade em troca de conforto e segurança.
O final do episódio traz uma reviravolta que surpreende e nos faz refletir sobre as consequências de nossas escolhas e a maneira como somos manipulados pelas forças que controlam nossa sociedade, além de nos alertar sobre as consequências de uma sociedade que valoriza mais o consumo e a aparência do que a autenticidade e a liberdade individual.
Eu acho esse um episódio poderoso!
Leia análise completa do episódio Mazey Day
2 – Urso Branco
Esse é o episódio que mais me impactou quando eu vi a série pela primeira vez.
“Urso Branco” (“White Bear“, no título original em inglês) é o segundo episódio da segunda temporada de Black Mirror, dirigido por Carl Tibbetts e escrito por Charlie Brooker.
A história começa com uma mulher chamada Victoria Skillane, interpretada por Lenora Crichlow, acordando em um quarto estranho sem lembrar de nada sobre sua vida ou identidade. Ela percebe que está sendo perseguida por uma multidão de pessoas com celulares filmando tudo e um símbolo estranho aparece em todos os lugares que ela olha. Ela encontra um homem chamado Jem, interpretado por Michael Smiley, que parece querer ajudá-la a escapar, mas logo descobre que há algo muito errado com essa situação.
Esse episódio aborda temas como a justiça, a punição e a crueldade do público em relação aos criminosos. Ele questiona a ética por trás dos sistemas de justiça punitivos e como a mídia e as redes sociais podem ser usadas para inflamar as emoções das pessoas e justificar a violência.
O final do episódio faz a gente questionar sobre as nossas próprias noções de justiça e moralidade.
Urso Branco nos alerta ainda sobre a facilidade com que podemos nos tornar espectadores cruéis e insensíveis em relação à dor e ao sofrimento dos outros, especialmente quando isso é apresentado de uma maneira que justifique nossas próprias crenças e preconceitos.
1 – Natal
Agora, o meu episódio queridinho, o que fez eu me apaixonar pela série.
“Natal” (“White Christmas”, no título original em inglês) é o episódio especial de Natal de Black Mirror, dirigido por Carl Tibbetts e escrito por Charlie Brooker.
A história se passa em um futuro próximo onde as pessoas podem implantar um dispositivo em seus cérebros para gravar e reproduzir suas memórias. O episódio segue a história de dois homens, interpretados por Jon Hamm e Rafe Spall, que estão passando o Natal juntos em uma cabana remota. Eles compartilham histórias sobre suas vidas passadas e os segredos que guardam, mas logo descobrem que há algo de errado em tudo isso.
O episódio aborda temas como a privacidade, a empatia e as consequências das nossas ações. Ele questiona a ética por trás da coleta e do compartilhamento de dados pessoais e como isso pode ser usado para manipular e controlar as pessoas.
O final é realmente chocante e faz a gente questionar sobre nossas próprias suposições e preconceitos.
Esse é o meu top 5 episódios de Black Mirror até agora. Como você pode perceber, não incluí episódios da quarta e da quinta temporada porque eu acho que a qualidade decaiu um pouco, mas isso em relação aos episódios que já haviam sido apresentados pra gente e que são muito bons.
O que você acha? Já viu esses episódios? Qual é o seu top 5 de Black Mirror? Deixe nos comentários!
Leia também: Lançamentos de Maio na Netflix.