A Chegada (2016)
O filme A Chegada, dirigido pelo diretor Denis Villeneuve, é um grande exemplo de como conduzir um verdadeiro espetáculo de ficção científica.
Na trama do filme, começam a chegar naves alienígenas nas principais cidades do mundo e inicia-se um cerco militar em torno das grandiosas naves para entender o que está acontecendo.
Enquanto rola uma comoção mundial acompanhada pela mídia para compreender a situação, uma linguista e um físico são convocados pelo governo para auxiliar na situação.
Quando eles entram nas naves alienígenas, se deparam com a barreira da linguagem com os seres interplanetários.
O grande diferencial dessa trama, é a sensibilidade para contar uma história profunda, que associa problemas sociais a uma invasão alienígena.
Os filmes de sci-fi sempre tiveram o poder de prever situações onde a humanidade vai de encontro a questões filosóficas e nos fazem sair da sala de cinema refletindo sobre aquela situação e eu garanto para vocês, o filme A Chegada, ficará na sua mente por muito tempo.
O diretor Denis Villeneuve, vencedor de quatro Oscars, atua como um maestro regendo um roteiro afiado, bons atores e um design de produção de deixar qualquer fã de ficção científica boquiaberto.
O filme foi indicado a 8 Oscars em 2017 e venceu a categoria de Melhor Edição de Som.
Duna (2021)
O filme Duna de 2021 também foi dirigido pelo mestre Denis Villeneuve. Acho que vocês já perceberam que gostamos dele aqui, né? Mas tudo bem, ele merece estar duas vezes nesta lista!
Este filme épico de ficção científica conta a história de Paul Atreides, um jovem com destino que vai além da sua compreensão. Na trama, ele viaja para o planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de seu povo.
Duna é capaz de construir um universo riquíssimo em detalhes que nos fazem acreditar que toda cultura mostrada naqueles povos, são legítimas.
Nas primeiras sessões em que foi exibido, chegou a ser comentado “É como se eu estivesse vendo Senhor dos Anéis pela primeira vez”, comparando a experiência imersiva e universo rico dos dois mundos.
Apesar do filme ser um blockbuster que utiliza a estrutura clássica da Jornada do Herói, ele consegue se aprofundar em questões íntimas dos seus personagens e apresenta um arco dramático envolvente.
Um ponto muito interessante da sua história, é que ela tem um teor anticolonialista e é repleto de jogos políticos que geram uma associação imediata com a sociedade moderna.
A discussão a respeito da segregação, guerras por exploração comercial e imigração, são vistas diariamente em nossos noticiários e Duna, elevou o assunto a um filme épico que mistura elementos de Game of Thrones com Senhor dos Anéis.
O filme deu um banho nas premiações e levou para casa 6 Oscars e foi indicado para 10 categorias. E aí, foi o suficiente para te convencer?
Blade Runner 2049 (2017)
O longa-metragem que continua a história do Blade Runner de 1984, é uma obra-prima de ficção científica dirigida por ninguém menos que Denis Villeneuve. Hora hora… De novo?
Após todos os problemas enfrentados com os Nexus-8, surge um novo formato de replicantes que podem ser controlados melhor que a sua edição anterior, para não apresentar mais risco para os seres humanos.
Na trama acompanhamos o protagonista interpretado pelo nosso querido Ryan Gosling, que é apresentado como “K” e atua como um blade runner, caçando replicantes para a polícia de Los Angeles.
A problemática do filme começa, quando ele descobre um segredo estarrecedor (até mesmo para um android). Ele encontra indícios da replicante Rachel (Sean Young), ter tido um filho. Isso foi o suficiente para bugar a cabeça do nosso jovem replicante e então iniciar uma busca por mais informações.
O novo Blade Runner conta com a cinematografia de Roger Deakins, responsável pelo filme clássico, onde criou cenários surreais que serão eternizados na história do cinema.
Como o filme tem uma base filosófica, isso dá ao diretor de fotografia Roger Deakins, um playground para trabalhar a metalinguagem. Não entendeu? Vamos lá, a gente te explica!
Isso significa que nas cenas compostas, aquele cenário não é um mero adereço visual. Quase sempre aquela composição terá um significado narrativo. Então, você se pergunta, para que colocar algo escondido que muita gente não percebe?
É por que esse tipo de filme é como uma poesia. Tem ritmo, verso, métrica e significados que permitem a exploração de quem o vê.
Preparados para explorar Blade Runner 2049? O filme está disponível no catálogo Netflix.
Ex Machina (2015)
O filme Ex_Machina, escrito e dirigido por Alex Garland, é um thriller de ficção científica que conta a história de um jovem programador que acaba de vencer um concurso para testar uma nova inteligência artificial da empresa que trabalha.
Neste teste, o protagonista é convocado para ser o fator humano em um teste de Turing. Sabe o que isso significa? Bom, o teste é composto por dois fatores, o robô com a inteligência artificial e o humano que deve testá-lo a fim de decidir se a IA será capaz de se passar por um ser humano.
A construção em torno dos personagens viabiliza diálogos interessantíssimos sobre os limites da ciência e a ética na criação de uma inteligência artificial.
Apesar do baixo orçamento, o filme tem efeitos impressionantes e uma trama imersiva dentro de um bunker isolado. Sabem aqueles filmes que se passa uma locação isolada e com poucos personagens? Esse é Ex_Machina.
O bilionário responsável pela criação da empresa e da IA, é um personagem enigmático que vai entregando pouco a pouco os elementos da trama que mantém o espectador sentado na ponta da cadeira, esperando pela próxima revelação.
A história se desdobra de formas surpreendentes quando o Caleb começa questionar a própria realidade. Portanto, prepare-se para uma montanha-russa de suspense, paranoia e reviravoltas surpreendentes.
O filme venceu o Oscar de Melhor Efeitos Visuais e foi indicado para Melhor Roteiro Original também.
Coherence (2013)
Um grupo de oito amigos se reúne para um jantar onde começam a discutir sobre a passagem de um cometa misterioso que pode trazer mudança no comportamento das pessoas. Ficou curioso? Vocês ainda não viram nada!
Esse filmaço consegue entregar uma experiência de ficção científica impressionando com baixíssimo orçamento, utilizando teorias físicas de viagem no tempo, teoria do caos, quântica e muito mais.
O filme tem uma filmagem bem solta, como se a câmera estivesse nas mãos. Isso contribui para trazer a impressão de realismo e gera mais intimidade com o grupo de amigos. A sensação de quem assiste, é como se estivesse junto neste jantar, o que torna tudo mais impactante e visceral.
Infinity Pool (2023)
Esse longa-metragem, é um lançamento de ficção científica e terror, do diretor Brandon Cronenberg. Nome familiar, não é mesmo? É, ele filho do aclamado diretor David Cronenberg, famoso por ser o percursor do subgênero body horror.
Na trama, um casal está aproveitando suas férias em uma ilha paradisíaca, com uma cultura bem diferente. O resort em que eles estão hospedados, tem um cerco que divide a parte turística da cidade do restante da população.
Após um acidente fatal em uma área fora do resort, eles acabam entrando em uma jornada de perversão, violência e hedonismo surreal (Eu nunca imaginei que diria essa frase).
A comunidade da ilha, tem uma lei de tolerância zero para qualquer tipo de crime. Neste caso, ou você será executado, ou se você for rico o suficiente, você pode assistir a sua própria morte. Isso mesmo que você acabou de ler! A sinopse para por aqui para não entregar mais da história.
Quando lemos o nome dessa família de diretores, já sabemos que podemos esperar de tudo. O filme dá um show de criatividade ao mesclar os elementos de violência extrema em situações nunca antes vistas.
Apesar do filme ter bastante terror também, ele está listado aqui como ficção científica por utilizar premissas do gênero como ponto de partida para contar essa história grotesca. Além disso, a forma como o filme questiona alguns pontos da sociedade moderna usando o horror e a filosófica, acabam dando uma sensação semelhante a que a ficção costuma gerar (porém, muito mais pesada).
Autor
Publicitário Focado em Marketing Digital e Cinéfilo Apaixonado por Filmes de Suspense, Terror e Ficção Científica.
João
Publicitário Focado em Marketing Digital e Cinéfilo Apaixonado por Filmes de Suspense, Terror e Ficção Científica.