Adentrando o cenário cinematográfico repleto de super-heróis, surge “Besouro Azul”, um filme que tem gerado uma ampla gama de reações e opiniões entre os fãs e críticos.
Assisti ao filme “Besouro Azul”. Sabe aqueles filmes clichês, porém bons? Pois é, “Besouro Azul” se encaixa perfeitamente nesse perfil.
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Todos os arquétipos dos filmes de origens de heróis estão presentes aqui: o conceito do salvador escolhido, a recusa inicial dos poderes, a subsequente aceitação, e claro, os aparatos tecnológicos e muito mais. Enquanto assistia, não pude deixar de perceber as semelhanças com “Homem-Aranha”, especialmente a trilogia de Sam Raimi, bem como toques de “Homem de Ferro” e até mesmo “Shang-Chi”. No entanto, o filme ainda consegue brilhar com seu próprio carisma. Será que vale a pena o seu tempo?
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Sinopse de Besouro Azul
O filme, baseado nos quadrinhos da DC, gira em torno de Jaime Reyes (interpretado por Xolo Maridueña), um jovem mexicano que retorna para casa após concluir seus estudos na faculdade, cheio de aspirações para o futuro. Sua busca por emprego o leva a um encontro inesperado com uma antiga relíquia de biotecnologia alienígena chamada Escaravelho.
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Este besouro alienígena azul escolhe Jaime como seu hospedeiro simbiótico, concedendo-lhe uma armadura superpoderosa. No entanto, a empresária Victoria Kord (interpretada por Susan Sarandon) e o vilão Carapax (interpretado por Raoul Max Trujillo) estão interessados nesse artefato e unem forças para recuperá-lo.
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Em meio a essa confusão, Jaime só pode contar com o apoio de sua família e da jovem Jenny Kord (interpretada por Bruna Marquezine). Agora, ele enfrentará desafios imprevisíveis, transformando-se no super-herói Besouro Azul.
Vale a pena assistir ao filme Besouro Azul?
O diretor Angel Manuel Soto parece dominar a arte de incorporar elementos familiares ao grande público em sua narrativa. A jornada de um jovem que descobre seus superpoderes e precisa enfrentar não apenas vilões, mas também seus próprios medos, é um enredo que já vimos muitas vezes nas telonas.
No entanto, o diretor transforma esse clichê em algo divertido e cativante em “Besouro Azul”, criando uma sensação de familiaridade que nos conecta aos personagens, mesmo sendo estreantes no mundo do cinema.
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Um aspecto notável do filme é a forte presença da cultura latina, que permeia não apenas os personagens, mas também os cenários, a trilha sonora e as referências. A utilização de elementos das produções televisivas mexicanas cria uma sensação de familiaridade com a cultura dos personagens.
Essas referências trazem bons sorrisos aos espectadores, especialmente aos brasileiros que cresceram nas décadas de 80, 90 e 2000, por conta dos programas de TV da época, especialmente os do SBT. Há também uma abordagem sutil das questões dos imigrantes nos EUA, embora não seja explorada profundamente, ela adiciona camadas à trama.
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Infelizmente, o filme deixa a desejar no desenvolvimento dos antagonistas, que são caricatos e esquecíveis. A tentativa de humanizar um dos vilões, explorando sua infância, acaba sendo um tanto tardia e forçada. Embora esses antagonistas não arruínem o filme, suas aparições frequentes se limitam a frases de efeito, preenchendo o papel esperado dos vilões em filmes de heróis.
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As atuações são um destaque, principalmente a de Xolo Maridueña, que dá vida ao personagem principal com carisma e juventude, lembrando até mesmo Tom Holland em “Homem-Aranha”: engraçado, cativante e um pouco ingênuo. Bruna Marquezine também se destaca, com mais tempo em tela do que eu esperava, e uma química convincente com Xolo. A única ressalva é que seu personagem é o pivô de todos os problemas do filme.
A dinâmica familiar é bem construída, porém, alguns personagens têm pouco espaço para brilhar e falta um aprofundamento nas suas histórias individuais, exceto por um personagem que serve de impulsor para o protagonista. Apesar dessas lacunas, esse é o núcleo mais divertido do filme, repleto de momentos cativantes.
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As cenas de ação, embora não sejam extremamente complexas, são bem executadas e se encaixam bem no contexto da trama. A trilha sonora, com influências latinas, complementa a experiência, e os efeitos visuais estão bem feitos, especialmente nos momentos cruciais.
“Besouro Azul” é um filme clichê que abraça suas convenções narrativas e cenas que nos lembram de outros filmes já conhecidos. Apesar disso, possui seu próprio charme peculiar, trazendo leveza, alegria e empolgação à tela. Embora não seja o ápice das produções da DC, está longe de ser o pior. Algumas cenas emocionantes, especialmente para os brasileiros que vão se identificar, fazem com que valha a pena conferir.
Trailer Besouro Azul
Assistir Besouro Azul Online?
Besouro Azul chega em meio à reavaliação da estratégia de streaming da Warner Bros e da indústria do entretenimento. O filme, lançado nos cinemas, ainda não tem data definida para chegar ao HBO Max.
Durante a pandemia, a Warner Bros. lançou seus principais filmes no streaming após a estreia nos cinemas, mas não há um padrão fixo. Por exemplo, The Flash chegará ao HBO Max em 25 de agosto, 70 dias após estrear nos cinemas. Besouro Azul poderia seguir esse padrão, chegando ao streaming por volta de meados de setembro após cerca de quatro semanas nos cinemas, considerando seu desempenho de bilheteria similar a outros filmes da DC, como The Flash. Para evitar competição com o lançamento digital de Barbie em 5 de setembro, Besouro Azul poderia ser disponibilizado em plataformas digitais em 19 de setembro.